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Artigos

Profª. Drª. Ana Carolina do Nascimento Alves

 

Página Inicial - Clinica Veterinária Jardim Botânico

Ninguém escapa de uma boa conversa

Comportamento de animais domésticos

 

 

O titulo desse pequeno texto foi retirado de um antigo livro sobre adestramento de cães (Santos, 1980), onde o escritor dizia que como todo mundo, os animais domésticos também necessitam de agrado e compreensão. Assim, podemos nos despir de qualquer conceito que tenhamos sobre a educação de nossos companheiros caninos ou felinos.

 

Atualmente são raras as famílias que não possuem nenhum animal domestico em casa. Os cães além de animais de companhia servem como guias de deficientes visuais, são utilizados para a detecção de drogas em atividades policiais e várias outras funções. Devido a esta maior proximidade com o ser humano os cães tornam-se mais susceptíveis a comportamentos e alterações de saúde que antes eram exclusivos do homem, como o sedentarismo, obesidade e estresse.

 

O sedentarismo e a solidão os tornam muitas vezes desobedientes e destruidores de objetos dentro de casa. Para educá-los de forma que se tornem obedientes, calmos e que parem de destruir tudo o que vêem pela frente é recomendado exercícios diários, treinamento de obediência, brinquedos variados e se for filhote, deixe-o onde ele não possa destruir nada que não for para ser “destruído” até que aprenda o que pode ou não brincar. Através do exercício físico você estará estimulando a saúde mental e física do seu cão, além de estreitar os laços de amizade entre vocês.

 

Dessa maneira, sabe-se que as condições de vida do animal podem contribuir para o seu bom comportamento, sendo que ele deve ter um local adequado para alimentação, alimentar-se nos horários recomendados, ter água limpa e fresca em abundância, ter brinquedos para sua distração e muito carinho e atenção. Porem, apesar de todos esses cuidados, os cães são animais predadores, que mesmo após vários anos de domesticação, ainda mantêm seus instintos selvagens e por esse motivo, muitas vezes tornar-se muito difícil entende-los e fazê-los nos entender.

 

Muitos proprietários se queixam de animais agressivos independente do carinho e atenção com que são criados. Assim, explicando brevemente o comportamento dos cães e até gatos de estimação, a agressividade de maneira geral, tem início na infância do animal, quando não lhe foram impostos limites, sendo que ele se reconhece como líder, ou seja, como dominante ou o “dono do pedaço”, como assim é falado. Fatores hereditários e até mesmo sexuais também interferem. Mães ou pais agressivos podem gerar ninhadas com maior probabilidade de agressividade. O hormônio testosterona também é determinante em cães mais bravos, portanto, machos não castrados têm maior tendência à agressividade quando comparados aos cães castrados.

 

Finalizando, educar os fiéis companheiros, nada difere dos outros relacionamentos que desenvolvemos ao decorrer de nossas vidas. Desde pequenos aprendemos ter limites, seguir e estabelecer regras (o que podemos ou não podemos fazer) e isso é igual entre o relacionamento de animais de estimação e proprietários, as regras devem ser claras e os limites bem dirigidos, para que seu animal entenda o que você espera dele e o que ele pode ou não fazer. Ressaltando que o amor, carinho e recompensas positivas são primordiais na hora de delimitar as regras e prezar pela SAÚDE e FELICIDADE do animal, porém se ainda existem duvidas, um profissional qualificado e uma clínica veterinária especializada em bem-estar animal podem auxiliar na educação dos seus melhores amigos.

 

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